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sábado, março 31, 2007

300


30 de março, dois anos de TX. Fui comemorar assistindo "Borat". Credo! Não aguentei nem os primeiros 15 minutos, sai a esmo pelo corredor do Cinemark e entrei na primeira sala iniciando filme. Era 300, adaptação da novela gráfica de Frank Miller. Puro acaso, que acaso feliz! Linguagem gráfica, Esparta, guerreiros, e muita luta. Os 300 aos quais o título se refere são os guerreiros espartanos liderados por Leônidas, rei de Esparta, na batalha de Termópilas, travada contra o Império persa por volta do ano 480 a. C. A tal Termópilas é o nome do desfiladeiro onde foi travada a batalha e no qual dezenas de persas, elefantes e outros bichos são lançados ao mar de um despenhadeiro. As cenas iniciais são bárbaras, a construção de um guerreiro começa ao nascer e é trabalhada ao longo do desenvolvimento da criança. Espartanos são guerreiros por nascimento, não há escolha apenas treinamento. Vivem para a guerra que um dia enfrentarão.
Atenas sobreviveu graças a eles, narra a história, uma outra história. A vitória é resistir, lutar e alcançar um estado de liberdade. Nem sempre é preciso vencer a guerra, mas ser atuante nela.
A deusa Athena, liberdade, conhecimento, amor a arte e ao conhecimento. Esteve por aqui numa exposição no MAC, "Deuses gregos em templos contemporâneos". Athena me atrai, assim como Poseidon e Iemanjá. Arte e culto que nos aproxima com a divindade existente em todos nós, para além da meditação, da prece e da contemplação. Uma linguagem puramente emocional. Não há aprendizado sem emoção.
E-motion, 300!
Angel

quarta-feira, março 14, 2007

Abraço

Tininha,Theo, mamãe e eu :)
Angel ! @

Anton



Este é Anton Raderscheidt, pintor expressionista alemão, e sua esposa Marta Hegemann. A foto foi tirada em torno de 1920. A rigidez de suas feições é assustadora. Qd olhei rapidamente, hoje pela manhã numa busca pela internet, lembrou-me Drácula. O modo como segura o pescoço nú de sua esposa, que parece ignorá-lo de perfil, somado ao busto estravagante e o excesso de gordura no pescoço parecem convidativos. Porque um artista posaria assim para uma foto histórica? Suas obras atravessam o construtivismo e beiram o expressionismo abstrato. São belas, intensas e ricas em cor. Ele nos fita dentro da alma, como se ainda vivo fosse, a prescutar nosso íntimo

Tive tantas idéias para esse texto, esqueci-me de todas. Já não ligo.Lentamente começo a mudar meus focos de interesses, trazendo a tona o que é legítimo, o que me torna viva, como o olhar da foto de Anton.

Tive tempo esta semana para preparar minha alimentação com zêlo, como se cada grama daquele alimento fosse meu de direito. Escolhi, embalei, carreguei, paguei, arrumei, fiz o cardápio, preparei o alimento. Fiz com calma, com prazer. Me senti maravilhosamente bem. Assimilação e eliminação, meu momento biológico-espiritual.

Ainda não consegui iniciar minha psicoterapia. Não encontro ninguém confiável. Os muito "confiáveis" são tb muito dispendiosos. Por que pagar tanto para alguém especializado te ouvir. Ainda acho que onde me sinto melhor é na arte, debruçada sobre tintas e pincéis. As cores ouvem minhas emoções e as linhas traçam meus sentimentos. São estas minhas conclusões terapêuticas do momento.

Foi uma tarde inteira de espera para a consulta com o hepatologista. O esquema medicamentoso (sabidamente hepatotóxico) está agredindo o fígado de forma incomum (para variar). Ele ficou indignado: - Como se esqueceram do fígado! Lá vou eu negociar minhas partes em SP.

Sinto uma predisposição a acreditar mais fortementemente em minha intuição e ela aponta para caminhos tão simples e por isso mesmo tão difíceis para mim de serem seguidos...

Não acredito que como quase toda a humanidade passarei um terço de minha vida dormindo e trabalhando, protelando para depois o trabalho real de desapego às fragilidades do ego. O esforço initerrupto de ser aceito. De não ser o que se é. Resta saber o que somos. Um tempo para a meditação, please! Não pode ser tão difícil assim, mas ao que parece, o que apreciamos mesmo é o apego,

E o sofrimento já me ensinou tanto, passar através da dor, isto é legítimo. Minha memória da dor, não é uma memória de desespero. Desta última, aprendi um pouco mais sobre isso. Sobre o passar com alma.

Parece que recebi um novo corpo, algo está acontecendo, intuição é assim, o que posso dizer?

Precisava sair há muito tempo.

O olhar de Anton, não é sereno, é?

Vc que não sabe nada sobre ele, cuja imagem foi encontrada no ciberespaço e nele estamos agora dividindo impressões. Quais perguntas faria à Anton?

Seu olhar me intimida

Angel