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domingo, outubro 23, 2005

Proporção áurea e espiral



Concordo que "O código da Vinci" seja Harry Potter para adultos, por isso mesmo a trama ficcional acabou por me prender. Enfim, quem leu e se lembra da citação sobre a série Fibonacci, logo no primeiro capítulo, que ajudou a desvendar o enigma dentro do Louvre? Tentei aprofundar sobre o tema que nos remete a espiral logarítmica e fiquei fascinada, pois no período do pré transplante pintei vários quadros que possuíam alguma forma espiralada ou espirais. Comecei com conchas marinhas e depois figuras abstratas em espiral. Em certo momento percebi que eram formas recorrentes, foi quando o "Código" caiu em minhas mãos.

A proporção áurea citada no livro, que teve base na Geometria, assume a forma de uma espiral. Representa uma proporção de desdobramento, desenvolvimento, no qual o sentido de crescimento e de expansão rítmica no espaço torna-se imediatamente perceptível. O que a diferencia das demais proporções é que não ocorre em eixos verticais e horizontais. O que permanece constante é a reciprocidade das equivalências. Aí entra a série Fibonacci: 1,1,2,3,5,8,13 (progressão numérica, na qual o terceiro número representa a soma dos dois números precedentes) . A proporção áurea já é encontrada em obras de civilizações antigas, na Índia, Egito e Grécia. O padrão da seção áurea não é nada óbvio e revela uma conquista espiritual fascinante e misteriosa. Artistas, como Leonardo da Vinci, que a intuíram eram dotados de uma poderosa inteligência e imaginação, além de sua sensibilidade pela linguagem das fomas e sua lógica.O assunto é inesgotável, remete a geometria, geologia, história, arte, etc, etc, coloquei algumas referências mais adiante e, até aqui, tomei emprestado o livro da Fayga Ostrower (A Sensibilidade do Intelecto). Enfim, o significado "transcendental" desta proporção é que ela se identifica com um padrão cósmico que se manifesta no crescimento das plantas, na teia da aranha, nos insetos, nos animais, nas proporções do corpo humano, no trabalho dos cesteiros, pintores e arquitetos, nas mandalas. O arquiteto Gyorgy Dóczi descobriu que existe "a unidade" dentro da diversificação de formas e das diferenças individuais, nas mais variadas espécies. Algo que faz com que tudo se mantenha um com o Universo". Os padrões harmônicos na natureza são trazidos consciente ou inconscientemente às artes, ao comportamento e à cultura do homem.

Fico imaginando se aquelas imagens teriam alguma relação com os ciclos da doença renal: perda, morte, renascimento, vida, perda...Tendo como pano de fundo o desenvolvimento espiritual, etc, etc, minha cabeça uma sopa de legumes fervilhando. O fato é que eu PRECISAVA daquela imagem, e sentia-me atraída por ela, ainda sinto. Uma imagem simbólica, talvez.

Ontem abri ao acaso um livro que precisei "desencaixotar" por necessidades profissionais, comecei a ler e pimba!

" Uma das imagens mais antigas do mistério da vida, da morte, da transformação e do retorno é a espiral labiríntica, no qual tememos nos perder. O terror é, como coloca Kierkegaard, um elemento intrínseco da condição humana; o que ele exprime é o medo da Vida e o medo de Deus...A liberdade se conquista graças ao contato com a vontade da vida, e não com a tentativa de manipulá-la"

Ainda estou assimilando...sem racionalizar tanto de preferência, imagens

Angel

3 comentários:

Angel disse...



Vc é afetuosa
Eu sou somente culta, creio...
Angel

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.