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domingo, novembro 20, 2005

O fluir das ondas


Já devia ter dito antes que retornei ao Tai Chi Chuan
Minha "mestre" é chinesa, chama-se Chang. O local é abaixo da cúpula do MAC de Niemayer em Niterói. A paisagem à frente, o litoral zona sul do Rio, Corcovado e Urca. Lado de cá: ilha da Boa viagem, praias, Fortaleza de Sta Cruz na entrada da Baía. O MAC por si só já encerra grande beleza arquitetônica (depois prometo postar a foto do local, o que economiza muito blá, blá, tb).
Hoje choveu muito de manhazinha, mas em cima da hora parou o aguaceiro e segui rápido para a aula. Durante os movimentos, houve uma leve pausa para retomarmos nossa postura e, por um breve instante, mirei o pequeno lago que circunda a base do museu. A água tremulava com um ritmo constante devido ao vento, quase um frêmito, lembrei-me de minha fístula, mas não há mais frêmito em meu braço. Desliguei há exatamente um mês e 4 dias. O meu caminho é mesmo uma questão de ritmo. Sempre foi acelerado: taquicardia, movimentos e aprendizado rápidos, esquecimento rápido tb. O fluxo sanguíneo revela meu ser.
Em algum momento o ritmo se rompeu, o equilíbrio foi perdido. Não sei ao certo, mas sinto que foi assim.

As diversas formas de Tai Chi "são como o fluir das águas nos rios e as ondas nos oceanos". O mar, as conchas, as ondulações.
Agora, a melhor parte: " a prática do Tai Chi é reconhecida por regular e reequilibrar os sistemas circulatórios e os órgãos internos, promovendo ainda a harmonia entre corpo e mente". Reencontrei o Tao. Motivo de grande
felicidade!
Angel



" O ser integral conhece sem ir,
vê sem olhar e realiza sem fazer"
Lao Tse

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